UMA CARTA DE DENTRO DO JOÃO

Os programas da APAC foram-me sugeridos pela 1ª vez no ano de 2018.

Sem saber bem do que se tratava ingressei um um dos programas – o RHI.

Desde logo em nada me arrependi, pelo contrário, fiquei contente pelo facto de me ser dada a oportunidade de participar.

Nas sessões somos todos, formadores e formandos, estimulados a debater e aprofundar temas que tantas vezes nos escapam à atenção no dia-a-dia, mas que são, ao mesmo tempo, tão cruciais à nossa própria existência como sociedade.

A amalgama de experiências e perspectivas, que chegam, por vezes, até a ser antagónicas, que se partilham e debatem num só espaço com o objetivo de compreendermos melhor os outros e nós próprios, só enriquece ainda mais as sessões.

A nível prático posso, com toda a certeza afirmar, que as sessões impactaram positivamente o meu dia-a-dia — conhecer-me melhor ajudou-me a ter uma melhor compreensão dos outros, e escutar e posicionar-me no lugar dos outros ajudou-me a compreender melhor a mim próprio — no fundo todos nós, sem excepção, temos uma história (ou várias) que merece ser partilhada.

Quando ao expor as nossas diferenças compreendemos as nossas similaridades podemos concluir que todo o Homem tem um potencial incrível, um talento inato, que merece ser cultivado e nutrido – essa compreensão é sem dúvida a estrela que nos norteia, que dá força e motivação para beber a vida que existe e nos espera para lá dos muros.

João B.
Participante de programas APAC num Estabelecimento Prisional,